sábado, 5 de dezembro de 2009

Like Never.


Você esqueceu uma fresta da porta aberta quando saiu, esqueceu as luzes acesas, esqueceu principalmente de avisar que não voltava mais, nem pra apagar as luzes e me deixar chorar no meu canto escuro, sem que eu pudesse me olhar enquanto me acabava. Parece até que você queria que eu me assistisse assim.

E quantas noites seriam necessárias pra fazer você se esquecer de uma, ou me fazer esquecer de todas? Me pego olhando para o céu, procurando pela mesma lua que nos guiou, e eu vou odiar aquela lua. E eu vou te sentir todas as vezes que um vento soprar em minha direção, e vou sentir falta do teu calor que me protegia. E vou chorar todas as vezes que a chuva me tocar, pois foi ela a culpada da tua ida naquele momento.
Eu confundi teus olhos com as estrelas. Mas não haviam estrelas, então você foi a luz que me cegou. Foi a distorção dos segundos que o fizeram eterno e terminaram pra sempre.
O que machuca é o orgulho ferido, ou talvez seja mais fácil acreditar que o único ferido foi o orgulho. Ou talvez não exista feridos.
O que nos trouxe aqui é só mais uma das nossas perguntas sem respostas. Não faz sentido, e nem vamos insistir. O tempo estava errado, foi muito lento ou rápido demais. Foi o nosso fim sem o começo.



segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Untlited


Explica a dor que você causa; explica o que você faz, como faz e por que faz. Explica por que você existe, e por que nunca te viram.
Você surge e sem deixar rastros nem explicações, leva contigo algo de extrema importância para outros. Nunca foi dito se dói ir contigo, mas dói para os que ficam. Você não fala, não pede atenção mas gritam por tua culpa. Você é a única certeza de uma vida, mas a maior incerteza é quando será tua chegada. Você tira tudo do lugar e não se importa com o desfeche. Você nunca se arrepende, nunca volta atras e nem espera resposta.
Não há como ganhar teu jogo, e o teu preço é muito alto. Só a temos uma vez, não sabemos quanto tempo dura, nem se há duração. E, inevitavelmente, você alcança tudo que há vida, e leva eternamente contigo.
Quem é você?

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Creation.



Apenas um garoto que a faz menina. O que o garoto não sabe é que a faz menina todo o tempo.
Quantas vezes ele tentou entender a menina que se escondia o tempo todo por trás de um sorriso falso? Talvez ele só tenha se cansado. Mas sua menina também se cansa, por isso está sempre indo e voltando, porque sentia que seu garoto ainda estaria a esperando, no mesmo ponto de sua partida. Até o dia em que ele não estava mais. Foi embora sem deixar nenhuma satisfação, mas no fundo ela sabia os reais motivos, só estava custando um pouco a acreditar. É, talvez ele tenha se cansado.
Foi o garoto que a criou, que a ensinava ser outra, que mudava só para se encaixar nela. Foi o garoto que mostrou os dois lados pra ela, e que se ofereceu a estar sempre do lado dela. Foi o garoto que não lhe deu á mão mas a ensinou a caminhar sem ele. Talvez o garoto, no fundo sentisse que, a qualquer momento ele se cansaria, e partiria, por isso aos poucos foi deixando pedaços dele dentro de sua menina, pra que quando ela fosse denovo sentisse que ele estaria com ela. E quando ele partisse, que seria apenas uma vez pra sempre, ela não o esquecesse. Foi tudo planejado, garoto? Ou seu caminho teve que mudar o rumo, e não cabia mais estar na trilha atrás da sua menina?
Sua menina ia sempre, mas voltava porque precisava tirar mais dele pra levar com ela. Em pequenos pedaços ela foi o desfazendo e criando buracos incuráveis no seu garoto. Ela sabia que ele seria o mais doce, por isso nunca o experimentou; era o medo e a certeza de que se viciaria muito fácil. Seria perfeito demais seu doce misturado com tua amargura.
Sua menina nunca mentiu, e sempre se mostrou austera por mais frágil que estivesse. Ela só não estava preparada pra dizer o quanto precisava do seu garoto, e só queria pedir desculpas por lhe ter tirado tanto sem dar nada de volta. Sua menina só queria lhe agradecer por tê-la reinventado, mas não cabe á ela pedir pra que seu garoto volte e faça tudo denovo. Sua menina está sentindo falta de ser sua menina, garoto.




To someone who was supposed to be important.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Bliss.

É soada como vida mas, passa bem mais rápido que isto. Enquanto me encontro, perco tudo ao meu redor do controle, e a minha vida passa enquanto procuro o que perdi. E assim me afasto de tudo, deixo escorregar pelas minhas mãos molhadas de suor o que já foi importante. O que a minha vida fez comigo é incurável. Sou o reflexo de tudo o que já passei, aprendi a ser feliz na falta de felicidade.
Eu assisti minha vida acabar com o que era meu mundo, mas eu fui o próximo passo, e pude refazê-lo da minha maneira. Eu reguei minhas flores com lágrimas, eu desenhei estrelas com a ponta dos dedos, fiz do branco dos meus olhos a lua; meu corpo foi minha casa, e eu fui meu refúgio. Eu crio minha felicidade, assim como criei meu mundo. E se a minha vida o destruir denovo, eu o reconstruo, pois vida, tu não me roubarás a felicidade, mas eu a darei a cada criatura que passar por meu mundo.
São as tristezas que me deparo á frente que me fazem crer no que pra outros não existe. Meu coração já se quebrou com elas, mas tenho cola e posso consertá-lo. Só que ela acaba, não a terei para sempre e por isso não deixo que meu coração se angustie.
Aqui tudo é meu, ninguém me tira felicidade.


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

too Monday...


Se aquela chuva fosse capaz de limpar a alma tão bem quanto limpava um corpo ao se derramar do céu, com certeza aquela garota que se debrulhava em lágrimas teria se atirado á ela. Mas, ela sabia que por mais que desejasse, a única coisa que a chuva lhe causaria seria uma sensação de paz instatânea, e até mesmo uma sensação de pureza que logo se acabaria quando as gotas do céu deixassem de cair, e ela voltaria ao seu estado normal. Parece que a pequena garota vestiu a armadura errada naquela tarde, ou simplesmente não se preparou direito para a batalha. Que pena, foi ferida! E agora chora por tua fraqueza.
Está anoitecendo, suas pílulas não fazem mais efeito e um sono constante não a faria esquecer.
Estais sendo tola; sabias que logo explodiria, que logo se acabaria, então por que choras solenemente? Agora estais mais livre do que nunca, não queiras voltar e prender-te novamente, e sofrer novamente. E o seu vazio fora preenchido por algo que deixavam seus olhos vermelhos como sangue. Garotas fortes se reafirmam mesmo quando as pedras estão caindo sobre tuas costas. Não era tua visão de felicidade aquela mas, era a única ainda visível. E então, garota ferida prove que é forte, caminhe sem olhar para o nada que deixou, e não derrame lágrimas pelo o que já passou. Estais completa agora.

Então, olá ódio. Bem-vindo a minha vida novamente, faça bom proveito da carne que me resta.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Somehow.



- Ainda a espera?
"Sim, a espera." Vamos dizer que aqui onde estou não há nada melhor à fazer mesmo. É que eu cansei de procurar por algo que logo vai chegar.
É que mesmo longe assim você me deixa muito brava; me faz esperar por ti há tempos, e quando chegar, ainda vai me fazer precisar de ti, vai me deixar abobalhada, e com sede de ti o tempo todo, mas mesmo sabendo da mudança que vais me fazer, eu vou te esperar. E eu sinto tua falta, mesmo nunca tê-lo tido tido antes, não é imaginável o tamanho da saudade que já deixou em mim. E eu tenho ciúmes só de imaginar que você pode estar entregando o que por direito é meu á outra pessoa, em pensar que você está o disperdiçando com ilusões. Mas tudo bem, afinal já devo ter disperdiçado o que é seu também. Mas quem sabe você também já tenha cansado de procurar e esteja a minha espera. Só quero que saiba que eu já o sinto; e sei que você será forte como uma tempestade, e que vai me roubar o chão e toda a minha sanidade, fazendo-me voar pelo branco dos teus olhos e viajar por dentre as passagens do teu sorriso.
É que por enquanto eu fico inventando histórias, até o dia em que o vento do destino levar a minha vida a tua.


and so, hello stranger, I think I like you...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

and I ?


Aqui está o papel, aqui está o lápis. Mas, e a inspiração, onde está? Onde está a vontade de querer se expressar? Onde estão os sentimentos?! Eles ainda existem?
Existem, de certa forma e infelizmente, existem. Mas parecem vazios, parecem não se importar mais com o que fazem, com o que dizem, não se ferem porém, não se alegram.
É como se só morassem aqui dentro, no fundo da alma, e agora são meus, só meus! Tão meus que não me deixam repartir nem ao menos com uma folha de papel em branco, pedindo pra ser escrita com palavras vazias. Agora descubro um novo sentido. Descubro um novo eu, diferente de todos que já fui, talvez possa ser mais fraco mas é o que está me sustentando por enquanto. Um eu plano, estranhamente claro no meio da escuridão. Agora me sinto como a lua, cercada de seres tão diferentes; eu não preciso brilhar todos os dias, nem ser o maior no céu. Estou sempre mudando de fase, ás vezes desapareço por um tempo, ás vezes pareço paz, e outras já estou escura e sozinha. Ás vezes me perco no vazio e demoro a aparecer, mas mesmo que não possam me ver, eu estou lá. Estou entre tudo, em todos os lugares, estou á observar. E como a lua, mesmo parecendo cheia, estou vazia, mesmo cercada, estou sozinha.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Just it.

Às vezes eu pressinto e é como uma saudade de um tempo que ainda não passou. Me traz o seu sossego, atrasa o meu relógio, acalma a minha pressa. Me dá sua palavra, sussurre em meu ouvido só o que me interessa. (Lenine / Dudu Falcão)

Falar de amor é tão estranho; eis uma coisa em que eu, até agora, não consegui escrever sobre, e ainda não consigo, nem ao menos sei por onde começar. Prefiro não dizer sobre aquilo que ainda não senti, senão no final de tudo, o que restariam seriam palavras escritas (ou ditas) em vão, sem nenhum sentimento, sem nenhuma verdade. Mas gosto de ler sobre, e saber como as pessoas se sentem, a forma de expressão, o grau do sentimentalismo e dos seres envolvidos. Falar de amor não é simples como dizer eu te amo. A forma mais bela de falar de amor está no ato, em gestos. A maneira mais gratificante de falar de amor é mostrando o amor, dizer no silêncio das palavras o que se ama, pois quando estiver amando não será necessário escrever palavras românticas, prova-se o amor amando, fazer com que o amado(a) sinta o amor ao olhar para o nada, ao se sentir o nada. Não estou apta a dizer sobre ele, o amor não tem lógica, nem tempo. É eterno quando verdadeiro, é único, é forte e amendotrado. Mas por fim, sabe-se que não é possível escrever nada, pois não há palavra que glorifique, ou explique o amor como ele realmente é.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Hole.




about me.

Olhar no fundo dos teus olhos negros e ofuscos me quebra o prazer da vida.
Eu poderia abraçá-lo e arrancar esse sorriso amarelo estampado em sua face escupida por anjos. Anjos tais que me arrancaram as asas e com elas minha única esperança de fugir.
Meu pequeno medo de reagir torna-se tão grande quando és tu que ages contra mim. E teu toque bruscamente leve, tua pele fria; confesso à ti que ainda sinto arrepios quando vidras teu olhar á mim.
Estou presa á ti por esse fio de dor que me sufoca o pescoço e prende-me aos teus pés, fazendo-me rastejar sempre que se afasta. Essa dor me dá a única certeza de que ainda estou viva, porém sem nenhum propósito. Um cadáver que respira.
Escreverei á ti um bilhete de despedida mas, a partida será tua. Permanecerei e intocavelmente o farei sair da minha vida. Sangrarei para continuar sentindo a vida e você caminhará pelo vale obscuro da solidão. Ao acaso correrás e cairás num orifício, enquanto encontro um alicerce. Descanse nas memórias, e me deixe dormir em paz.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Flightless Bird.


About me.

''Eu me pergunto por quê permaneceu aqui. Ás vezes você me faz tão mal, e eu sei que te faço o mesmo o tempo todo. Será que vale a pena querer ficar do meu lado? Ou eu do teu?
Não entendo a tua insistência de querer terminar certo algo que já começamos tão errado. E o erro maior foi meu. Admito.
Eu queria que você fugisse, e que parasse de querer mostrar as pessoas o quanto é 'bom'. Pare de se importar com o que pensam de você.
Já passamos por tantas coisas, e quantas vezes eu me escondi atrás de você. Mas já está tudo terminado, o verão acabou e você precisar ir, do mesmo jeito que eu preciso ficar sozinha.
Me machuca ver o quanto eu te machuco. Dói pensar no fim. Eu queria poder abraçá-lo mais uma vez sem que meus espinhos te ferissem. Mas simplesmente não posso, e não consigo abaixar a minha guarda.
Se você pode ir, então por favor não insista em ficar. Ao meu lado não é lugar de ninguém. Você me fez assim. Me ensinou à pensar e à agir com a cabeça ao invés do coração. E por mais que machuque o meu coração, minha consciência só estará limpa quando te deixar ir. Vá antes que meu veneno lhe atinja e eu te mate de sufoco e agônia.
Esqueça todo o mal que lhe causei e deixe comigo as boas lembranças, com elas construirei um novo lar.''

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Leave me.

Sinceramente, eu não suporto a compaixão. Não, não é a compaixão em si; é a pena.
''Eu nunca gostei de te deixar sozinha.'' Eu fico sozinha todos os dias e nunca se importaram. Meu passatempo predileto é o jogo da solidão.
''Você é forte.'' Claro que sou. Eu sempre tive que me manter com minhas próprias pernas, (não estou reclamando disso), na verdade, agradeço. Agradeço pois isso me faz mais forte, me fez crescer mais depressa, me fez sempre enxergar a 'verdadeira' realidade que me cercava. Eu aprendi a me virar sozinha, não gostava no início mas, a vida me obrigou a aprender.
''Você só está se machucando.'' Eu já me destrui várias vezes, e foi juntando as minhas cinzas que criei esta armadura. E não permito ninguém de quebrá-la, nem ao menos ultrapassá-la.
''Você nunca chora.'' Ninguém nunca está comigo. Como queres me ver chorar? Não sabes o que penso, tampouco sabes o que sinto. Não choro em vão. Recolhi as poucas lágrimas que me restaram e as coloquei num vidro profundo no meu coração.
Depois de quase dezessete anos, é agora que vens estender a mão? Agora que não preciso mais, queres que eu aceite algo que não tens para dar? Estou bem assim, acredite. E não me olhes com pena! Abomino isso. Eu existo porque me fizeste mas, só permaneci porque provei ser forte; eu me criei, me superei e jamais serei cruel comigo mesma. Nunca farei algo, que ao meu consentimento irá me machucar. E então, não preciso de tua compaixão.

... e se ela tivesse coragem de gritar tudo o que sente talvez se livrasse do sentimento de culpa, mas simplesmente não consegue mais quebrar a barreira que criara pra se proteger do mundo, e no fim o que ela tem mais medo está lá dentro com ela. É tudo tão distante e contraditório, e o medo domina todas as faces existentes.


sexta-feira, 31 de julho de 2009

Bubbles.

About me.


O vento ainda soprava forte, ecoando ruídos que fazia ao passar pelas folhas secas. Era uma tarde fria de outono, e a hora do crepúsculo chegava.
Sentada dentre as folhas secas e a grama úmida, ela olhou para o céu imaginando onde ele acabaria e desejando voar com as nuvens, ela adormeceu.
Acordara tempos depois e percebeu que as estrelas já eram visíveis e a lua cheia iluminava o jardim escurecido pela noite. Levantou-se ainda sonolenta, procurando por seus óculos e viu que não havia estado sozinha durante o sono: ''Flich, meu companheiro'', murmurou. O gato de pêlos brancos e macios levantou. Com cuidado, ela o agarrou em seus braços e andou em direção à velha casa branca, com janelas e portas de madeira.
A casa parecia mais sombria ao lado de dentro.
- Onde esteve? -ouviu-se uma voz feminina e rústica.
- No jardim; olhava as estrelas. -respondeu.
Ao perceber que não haveria mais respostas ela caminhou até as escadas e as subiu tropeçando duas, ou três vezes.
Ela deixou o gato em sua porta e entrou no quarto. Ainda com as luzes apagadas, ela caminhou até a janela e voltou a admirar o céu e a forma com que as estrelas mesmo distantes pareciam estar juntas. No canto da janela havia um pequeno vidro com espuma, ela soprou algumas bolhas de sabão e pediu para que elas voassem além das estrelas, e além do infinito, e que voltassem quando encontrassem a felicidade, e a trouxesse dentro de sua esfera.
Ela olhou por alguns segundos as pequenas bolhas serem levadas pelo vento, e depois sentou-se na cama.
Flich, que olhava atentamente para sua dona, andou e pulou sobre seu colo, miou uma vez e fechou seus grandes olhos, como se ali estivesse encontrado seu alicerce.
Passando a mão sobre o pelo macio do gato, ela disse: '' Não me abandone, pequeno companheiro '' e uma lágrima escorreu em tua face.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

She is not alone.


About me.

E ali estava ela, novamente sozinha. Esperando por algo que nem ela sabia bem o que era, e muito menos quando voltaria (e se voltaria). Dúvidas não lhe saíam da mente, perguntas que fazia a si mesma mas, pareciam não ter respostas.
Sempre que se encontrava sozinha, ela procurava por lembranças, isso a fazia se sentir melhor e acima de tudo, se sentia acompanhada. Lembrava-se dos bons momentos em que haviam pessoas sorrindo ao teu lado e muitas vezes, mesmo sozinha, as lembranças lhe faziam sorrir.
A única coisa que não entendia era o por quê de uma hora para outra ela se encontrava naquele estado. Por que as pessoas a deixavam sozinha, e nos momentos em que mais precisava desapareciam? Mas, á essas alturas ela já criara um 'escudo' em torno de si, e nã se permitia sofrer por isto. Era mais fácil assim.
Ela aprendeu que conseguir se mantêr (sozinha) era um dom que poucos possuíam. Ela aprendeu que tudo é passageiro e não podemos nos prender á nada nem ninguém. As coisas acontecem, se vão por questão de tempo.
Ela conheceu dois mundos: um lotado, onde as pessoas estão sempre rodeadas por outras, acompanhadas e totalmente depedentes umas das outras. E o outro mundo era vazio; e cada pessoa se mantinha firme por si mesma. Ela se encontrou neste mundo.
Ela aprendeu que, ás vezes, mesmo rodeada de pessoas, pode-se estar mais sozinha do que quando se realmente está .
Ela aprendeu que as pessoas são como os sentimentos : passageiros. E não valia a pena se torturar.
Ela aprendeu que as lembranças eram o que de mais valioso poderia se ter, porque sempre que se sentia sozinha, mergulhava nelas e sentia-se vivendo tudo novamente.
Ela aprendeu que mesmo sozinha, ela podia fazer a diferença. Ela aprendeu que a maior força que tinha estava dentro de si mesma, e que sempre que precisasse de ajuda ela podia contar consigo para enfrentar o que quer que seja. Medo. Decepção. Desilusão, não existia mais.
Ela descobriu que nunca esteve sozinha, sempre se teve por completa.

domingo, 12 de julho de 2009

To be, be.



About me.


O que é ser? Será que alguma vez já fomos capazes de ser alguma coisa?
Somos todos tão imprevisíveis; mudamos o tempo todo. Nossos gostos, gestos estão sempre diferentes.
Nenhum ser consegue ser, a capacidade máxima de um ser é estar. Um exemplo disto é a tal 'felicidade' . Quem se diz ser feliz? Temos momentos felizes, momento que poder durar segundos ou anos. Se em um instante estamos felizes , no outro podemos simplesmente não estar. Quem pode afirmar ser feliz sem nunca ter estado triste antes? Se fosse realmente feliz jamais se obtiria pela infelicidade. E como saberíamos o que é felicidade sem, ao menos conhecer seu oposto? Nenhum ser humano é capaz de ser por completo algo, sempre ocorrerão mudanças, é normal, sempre seremos seres diferentes do que fomos à segundos átras. Isto é o 'ser humano' . Totalmente incapazes de ser, limitando-se ao estar.


''A consciência é um ser para qual o seu ser se trata de seu ser na medida em que esse ser implica um ser diferente.'' Jean-Paul Sartre.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Diary I




About me.

Eu não sei exatamente porque estou aqui. Só quero entender o que está acontecendo comigo e com todos à minha volta.
Se eu pudesse voltar no tempo... eu tenho certeza que tudo não seria diferente. Sei que ás vezes pareço estar alegre e sem me importar com as coisas ao meu redor mas acredite, eu me importo. Me importo até demais!
Por que quando tudo parece esta dando certo, ou quando penso que valeria a pena, que na vida tudo tem um motivo para estas acontecendo algo chega e acaba com todas as minhas esperanças? Eu juro que pensei que fosse feliz mas, a vida sempre me traz surpresas e eu acordo percebendo que não passava de ilusão.
Algumas pessoas tentam nos fazer acreditar que 'um dia tudo vai passar' , mas que dia? Quanto tempo mais terei que esperar? Eu mal consigo esperar pelo hoje, e o amanhã como será? Sinceramente, não sei quanto tempo conseguirei suportar mas, algo me diz que não será o suficiente.
É impressionante como pequenos gestos ou até mesmo simples palavras podem mudar toda sua vida. Ainda me lembro de quando era criança, que acreditava em fadas e finais felizes. Porque quando somos crianças o mundo parece mágico! E a cada descoberta que tivemos, um sorriso novo nascia, e alegrava cada vez mais aquele mundinho. Mas, então nós crecemos, e descobrimos que tudo aquilo não passavam de meras fantasias, e que no verdadeiro mundo onde vivemos um sorriso não faz a mínima diferença.
Descobre-se também que este mesmo mundo é um lugar muitas vezes horrível de se viver, e quando estamos prestes a nos entregar a toda perversidade que nele existe não há ninguém para te ajudar a superar, ninguém entende seus sentimentos, e poucos querem te ver vencer. É aí onde percebemos que tudo o que fizemos foram erros, e o maior deles foi confiar demais nas pessoas.
É assim que me sinto!
Onde está a felicidade? Onde moram as pessoas verdadeiras?
(Fevereiro, 20)


quarta-feira, 24 de junho de 2009

Something In The Way

About it.

Debaixo da ponte
Já há mais um vazamento
E os animais que peguei
Todos já se tornaram meus mascotes
E estou vivendo só de grama
E de gotas que descem do alto
Mas não faz mal comer peixes
Afinal, eles não tem sentimentos.
Alguma coisa no caminho.